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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Introdução à fotografia 20 - Recorte (Cropping)

Statue of Liberty

A fotografia se assenta sobre alguns dos mesmos princípios das demais formas de Arte e, além dos princípios técnicos sobre os quais já falamos - ISO, velocidade do obturador, abertura de diafragma, distância focal -, um dos maiores segredos de uma boa foto é como os elementos de um quadro estão dispostos, o que chamamos de composição.

Existem várias técnicas de composição, e mais de uma pode estar presente numa foto.

Recorte (Cropping)

Uma imagem poderosa é aquela que nos capta desde o primeiro instante e nos obriga a examiná-la melhor.
No entanto, às vezes, uma fotografia pode conter tantos elementos, tanta coisa para se ver, que o espectador acaba se distraindo e não prestando atenção ao que é mais importante.
É nestas horas que o fotógrafo deve decidir, conscientemente, como recortar a imagem e determinar o que é o mais importante.

Veja estas duas imagens abaixo:

Chrysler Building

Aqui temos o Chrysler Building, em Nova York, cercado por outros prédios e, abaixo, a movimentada avenida cheia de carros. O Chrysler é um dos elementos da foto, em meio a vários outros elementos. Pode até ser o que mais chama atenção na foto, mas o conjunto é que nos dá a sensação dos arranhas-céus e da agitação urbana.

Chrysler Building

Já nesta outra, temos de perto o topo do Chyrsler Building, podemos ver suas janelas triangulares, a superfície reflexiva, podemos até ver as antenas. São vários detalhes que não podíamos visualizar na primeira foto, além disto, ao isolarmos o topo do prédio, deixamos muito claro qual é o tema.

Veja outros dois exemplos:

NY Gay Pride 2010

Esta foto, tirada durante a parada do orgulho gay em Nova York, mostra-nos duas pessoas em primeiro plano com um poodlezinho, eles desfilam na parada, já no segundo plano, há os espectadores do desfile. São vários elementos, mas que transmitem a ideia de uma parada colorida e cheia de pessoas.

NY Gay Pride 2010

Apesar de nesta segundo foto ainda termos vários elementos, como sujeitos no primeiro e no segundo plano, o recorte nos permite visualizarmos detalhes que haviam passado despercebidos na primeira foto, como a rosa na mão e a pomba sobre a cabeça do homem com barba e a riqueza de suas expressões, além disto, o desfocado no segundo-plano ressalta ainda mais os personagens adiante.

Como realizar um bom recorte (cropping)?

Um bom recsorte dependerá muito do seu bom senso e do que você deseja ressaltar numa imagem. Quanto mais elementos houver numa fotografia, mais disperso será o seu tema.
Devemos insistir que uma foto não é melhor do que a outra, são apenas duas maneiras diferentes de abordar um tema e apresentá-lo visualmente aos espectadores.

A primeira opção para realizar um recorte é utilizando uma lente com distância focal longa (telefoto) ou uma lente de zoom. Só lembrando que as diferentes distâncias focais proporcionam diferentes sensações espaciais numa fotografia e criam diferentes tipos de imagens.
A desvantagem de se usar uma lente para realizar o recorte é que você não terá a opção de desfazê-lo posteriormente: a imagem criada é definitiva, você não poderá ampliar os limites dela, poderá apenas recortá-la ainda mais.

A segunda opção é recortar uma imagem num software de edição de imagens, como o Photoshop ou o Lightroom, nos quais você poderá, após ter tirado a foto, alterá-la e recortá-la como desejar.
A desvantagem neste caso é a perda de resolução para recortes de seções muito pequenas de uma fotografia, e isto dependerá principalmente da resolução da câmera (megapixels) e também da qualidade da imagens. Câmeras melhores costumam ter imagens mais nítidas e com resolução melhor, que permitem recortes mais aproximados. Fotos de câmeras compactas nem sempre permitem grandes recortes.

Exercícios práticos

1 - Utilizando uma lente de zoom, ou duas lentes com distâncias focais diferentes (preferencialmente uma grande-angular e outra telefoto), tire duas fotos:

a - uma incluindo vários elementos em uma imagem;
b- outra recortando apenas um dos elementos.

Qual das duas ficou mais interessante na sua opinião?

2 - utilizando um programa de edição de imagens de sua preferência, escolha uma foto que você já tenha tirado que contenha vários elementos, como pessoas, animais ou objetos, e faça o recorte de apenas um destes elementos e salve num outro arquivo.

Como ficou o resultado final? O recorte é mais interessante do que a imagem original? A resolução da imagem final é boa ou houve perda perceptível de qualidade?

E não deixe de compartilhar conosco suas dúvidas, comentários ou o resultado de seus exercícios.

http://www.flickr.com/groups/calabocaeclica/



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sábado, 6 de agosto de 2011

Introdução à fotografia 19 - Composição: Repetição e Ritmo

Padrão do outono

A fotografia se assenta sobre alguns dos mesmos princípios das demais formas de Arte e, além dos princípios técnicos sobre os quais já falamos - ISO, velocidade do obturador, abertura de diafragma, distância focal -, um dos maiores segredos de uma boa foto é como os elementos de um quadro estão dispostos, o que chamamos de composição.

Existem várias técnicas de composição, e mais de uma pode estar presente numa foto.

Repetição e Ritmo

Bicycles

Na música, define-se ritmo como o movimento marcado pela sucessão regular de elementos fortes e fracos. Pense numa canção ou numa dança, o ritmo é que o nos leva a bater o pé, a tamborilar os dedos, a mover os quadris ou a bater palmas. O ritmo é o que nos põe em movimento.

Ritmo e repetição estão conectados, repetição cria pode criar um ritmo, enquanto o ritmo funda-se numa repetição.

Numa fotografia, o ritmo é que o estimula o nosso olhar a mover-se pelo quadro de uma foto, visualizando todos os elementos relevantes. Já vimos como as linhas, formas e cores podem contribuir para transmitir-nos diferentes sensações e certamente elas também são fundamentais na hora de impor um ritmo.

Na foto das bicicletas acima, a repetição das rodas cria uma linha diagonal, dinâmica, que conduz o nosso olhar do canto inferior direito da foto até o canto superior esquerdo.

Blizzard in New York

Esta é a mesma lógica utilizada na foto destes carros cobertos de neve, a repetição cria uma linha diagonal que cruza toda a extensão da imagem, conduzindo o nosso olhar até o segundo plano, onde podemos ver o pub e a mulher de guarda-chuvas roxo.

Grand Central Area

Neste outro caso, temos a combinação de linhas diagonais, de contraste e do padrão criado a partir do reflexo de um edifício no outro. É o tipo de imagem que intriga, pois o espectador precisa pensar um pouco para compreender do que se trata.

Pumpkins - Union Square Fair

Já na foto das abóboras, além das linhas diagonais formada pelas caixas, e pelo contraste entre os frutos coloridos e os recipientes negros, temos também o oposição de formas, arrendondadas versus retilíneas.

Sunset in New York

Por fim, nesta fotografia de um por-de-sol, a repetição das nuvens cria tensão, dinamismo e até podemos vê-las lentamente se movendo pelo céu.

A repetição e o ritmo são maneiras muito interessantes, e em várias situações quase intuitivas, de atrair a atenção do espectador e criar uma hierarquia de valores. É um fator que pode diferenciar fotos convencionais de fotos atraentes.

Exercícios práticos

1 - procure situações de repetição, padrões ou texturas que possam criar fotografias com ritmo;

2 - compartilhe conosco seus experimentos, dúvidas ou comentários.

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O trabalho duro dos fotógrafos no "Profissão Repórter"



Para quem acha que ser fotógrafo é fácil, assista o programa "Profissão Repórter", da Rede Globo, transmitido no dia 02/08/11 e que acompanhou fotógrafos de diferentes áreas, como paparazzi, fotojornalistas de crimes e um fotógrafo de natureza.

O mais interessante é ver como, em nossos tempos, a transmissão de informação é feita quase em tempo real. Só sai na dianteira aqueles que conseguem que suas fotos sejam publicadas o mais rápido possível.

Proporciona uma boa ideia de como é a rotina destes profissionais e prepara aqueles que pensam em seguir estas carreiras.



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