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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Convertendo fotos coloridas para preto e branco - técnica 2: B/W no Adobe Lightroom



Existem várias técnicas diferentes para se obter fotos em preto e branco a partir de fotos coloridas.

Aliás, a recomendação é que você sempre fotografe em cores, para depois realizar a conversão, senão você poderá perder as informações das cores e não há como fazer o caminho inverso, de monocromático a colorido (a não ser que esteja fotografando em .RAW).


Neste caso, utilizamos uma foto já editada em .JPEG, uma das minhas favoritas que tirei na Times Square.
E o programa usado para fazer a conversão foi o Adobe Lightroom. Se você ainda não conhece este programa, vale a pena baixar o trial no site da Adobe e testá-lo.
Para o uso diário, é muito mais prático e rápido do que o Photoshop, pois você arrumar e exportar fotos em lotes, além de também ser extremamente útil para indexar e catalogar suas imagens.
É o programa que uso 99% do tempo, seja para converter de .RAW para .JPEG, seja para fazer pequenos ajustes nas fotos.

(clique na imagem para ampliá-la)

O conversão de colorido para preto e branco no Lightroom não poderia ser mais simples.
Na barra lateral direita, onde estão todos os ajustes da imagem, há um botão "Black & White", ou seja, "preto e branco" (sublinhado em vermelho por mim).



Clicando neste botão, sua imagem automaticamente será convertida para preto e branco.

Sem segredo algum.


Veja acima como ficou a conversão automática do Lightroom.

No entanto, ainda não estamos muito satisfeitos com este resultado, apesar de ele não ser dos piores.

(os canais de cores após a conversão automática)

O mais legal do Ligthroom é que, nesta própria barra lateral de ajustes, indo um pouco mais para baixo na barra de rolagem, há os canais específicos de cada cor da foto, como vermelho (red), laranja (orange), amarelo (yellow), verde (verde), aqua, azul (blue), púrpura (purple) e magenta.

Isto quer dizer que você pode controlar individualmente cada uma destas cores, o que numa foto em preto e branco influenciará nas tonalidades de cinza desta cor.

(canais de cores após ajustes)

É nesta hora que você vai brincar com estes canais, movendo-os um a um, de um lado para outro, vendo qual é o efeito na foto.

O ideal é que, para cores mais fortes, como vermelho, púrpura e magenta, você escolha tonalidades de cinza mais escuros (movendo a barra para o lado direito). E para as cores mais claras, como amarelo e aqua, tons mais fracos (movendo para a esquerda).

Contudo, não existe uma regra inviolável. Você terá de testar e ver qual é o resultado melhor.


Por exemplo, em fotos com céu azulado convertidas para preto e branco, sempre fica um cinza claro, assim eu prefiro reduzir a tonalidade do azul, deixando o céu branco ou bem próximo de branco. Mas esta é uma preferência pessoal minha.

Na imagem acima já foram feitos pequenos ajustes nos canais de cores.

 (clique na imagem para ampliá-la)

Veja a conversão automática e depois dos ajustes nesta comparação acima.
Há algumas diferenças sutis, quase imperceptíveis, mas há outras grandes, como o céu.


Por fim, fizemos alguns pequenos ajustes de contraste e brilho, mas nada muito significativo, posto que a imagem colorida já havia sido editada.

Na minha opinião, a conversão de colorido para preto e branco através do Adobe Lightroom é a mais simples e indolor.

O resultado final dependerá exclusivamente de como você controla os ajustes, mas quase não tem erro algum.

Exercícios práticos

1 - faça a conversão de uma foto colorida para preto e branco no Adobe Lightroom:

a - mexa nos ajustes dos canais de cores e veja como isto influencia na imagem;
b - compare a foto em preto e branco original, com a conversão automática, e a foto depois dos ajustes.


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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Filtro UV: usar ou não usar na lente?


Este é um dos pequenos debates polêmicos entre os fotógrafos e que pode até causar inimizades: usar ou não usar o filtro UV em suas lentes?

Tradicionalmente, os filtros UV eram usados para reduzir a incidência de raios ultravioletas, que podiam causar efeitos indesejados em filmes fotográficos.

No entanto, atualmente, apesar de as câmeras digitais não serem afetadas pelos raios UV, muitos fotógrafos ainda utilizam estes filtros com um único propósito: de protegerem suas lentes contra arranhões ou demais danos causados pelo uso.

Quando utilizar o filtro UV?


É difícil julgar pela cabeça do outro, mas desde que comprei minha primeira câmera Reflex e passei a estudar fotografia, praticamente em todas as fotos que tirei o filtro UV estava nas lentes.

Possuo um filtro UV para cada lente minha, de diferentes tamanhos de acordo com o diâmetro de cada lente específica. O ideal é sempre comprar o filtro na mesma loja e no mesmo instante em que você compra a lente e/ou a câmera. Algumas das melhores marcas são Hoya e Tiffen.

A minha lógica, ao usar um filtro, é a seguinte: as boas lentes custam caro, filtros bons são baratos. Se eu riscar uma lente, são algumas centenas ou até milhares de dólares para comprar uma nova. Se eu riscar um filtro, com 30 ou 40 dólares compro um outro.


Particularmente, não percebo nenhuma perda de qualidade ótica que me estimule a me arriscar a fotografar sem os filtros, e como sou um fotógrafo de viagens, sempre em movimento, com a câmera dentro da mochila, na praia, em ruas movimentadas, subindo e descendo escadas, e assim por diante, para mim os filtros são essenciais.

No entanto, sei de vários fotógrafos que não usam e não recomendam o uso.

Mas eu recomendo!

Quando não usar os filtros UV?


Por mais eficaz que um filtro seja na hora de proteger sua lente, em algumas situações ele poderá atrapalhar.
A partir do momento que você adiciona mais um elemento diante de sua lente, você estará sujeito a interferências desagradáveis em sua foto. Por causa de reflexos internos, sua imagem poderá ficar com flare, isto é, alguns círculos luminosos em pontos da foto.

Observe a imagem acima e tente perceber se há alguma coisa de errada com ela.

Está vendo quatro círculos verdes na parte superior direita da foto?


Estes círculos e outros dois reflexos marcados em vermelho nesta segunda imagem demostram o efeito que o filtro UV pode causar em suas fotos, principalmente em fotos noturnas, quando há vários focos de luz, como luzes de postes, faróis de carros, lâmpadas, etc.

Nestas circunstâncias, você terá duas escolhas: 1 - retirar o filtro e fotografar sem ele por alguns instantes, ou 2 - fotografar com o filtro e depois tentar corrigir as imagens no pós-processamento.

No primeiro caso, você estará expondo a sua lente a arranhões (e, não se engane, todo cuidado é pouco!), no segundo, você terá o trabalho de tentar arrumar a foto depois, o que nem sempre é possível.


Quando estou em situações controladas, usando um tripé e/ou sem muita gente por perto (como na imagem acima), não tenho nenhum receio em remover o filtro para fotografias noturnas, mas se for num show ou num ambiente muito movimentado, prefiro tentar corrigir a foto depois.

E você, fotografa com ou sem filtro em suas lentes?


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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O que são as câmeras sem espelho (mirrorless system cameras)?


Até alguns poucos anos atrás, as câmeras fotográficas digitais se dividiam em três categorias básicas: compactas, compactas avançadas e Reflex (ou SLR).

No entanto, uma nova geração de câmeras nasceu, e tem prosperado e atraído a atenção de fotógrafos entusiastas e até de alguns profissionais, no que se conhece como câmeras sem espelho, ou mirrorless system.

Antes de tudo, a comparação com as Reflex, ou seja, as câmeras com espelho dentro, que permite que o fotógrafo veja a imagem através da própria lente, é imediata.
Basicamente, a proposta por detrás das câmeras sem espelho é a de uma grande qualidade ótica, por causa de sensores maiores, e lentes intercambiáveis, o que permitiria uma maior versatilidade ao fotógrafo.

As qualidades das câmeras sem espelho

1 - como não é necessário o espelho para o visor ótico, estas câmeras são menores, com lentes de tamanhos reduzidos também;
2 - um sensor maior influencia numa qualidade superior de imagem;
3 - são câmeras silenciosas em comparação às Reflex.

As desvantagens das câmeras sem espelho

1 - apesar de serem menores que as Reflex, ainda são câmeras relativamente grandes, ainda mais se estiverem com uma lente de zoom;
2 - há uma opção limitada de lentes, ou é necessário utilizar adaptadores para poder usar as lentes de câmeras Reflex;
3 - são câmeras caras, geralmente com preços mais altos do que muitos modelos introdutórios de Reflex;
4 - a maioria dos modelos não possui visor ótico.

Comprar ou não uma câmera sem espelho?


Todos os grandes fabricantes de câmeras já entraram neste mercado, ou estão para lançar suas versões das câmeras sem espelho (mirrorless system).
Isto é um indício claro que é uma categoria que chegou para ficar e que tem seu público cativo.

Não acredito que estas câmeras sem espelho encham os olhos da maioria dos fotógrafos profissionais, que optarão, caso desejem câmeras menores e mais leves, por compactas confiáveis, ao invés de um mini-trambolho.
Se é para carregar peso e chamar atenção, penso que quase todos votariam por uma Reflex introdutória.

E se pensarmos no quesito preço, basta dar uma olhada em alguns modelos para ver que o preço, por enquanto, é abusivo.
Em 2012, a Reflex da Nikon mais barata, a D3100, está custando nos EUA U$ 496, enquanto a mirrorless mais barata do mesmo fabricante, a Nikon 1 J1, está custando os mesmos U$ 496.

Lembrando que, com uma Reflex, você terá a opção de comprar quase qualquer uma das extraordinárias lentes disponíveis tanto da Nikon quanto de outros fabricantes, já com a mirrorless, há uma meia dúzia de opções, quando muito, além de várias outras limitações próprias da categoria.

Agora, se estas camerazinhas o seduziram, a minha recomendação é conferir os modelos de algumas das marcas mais tradicionais, como as da Nikon, da Canon (que lançará seu primeiro modelo de mirrorless ainda este ano), da Oympus e da Panasonic.

Existem também as câmeras da Leica e da Fuji, mas estas estão em outro patamar de fotografia e preço. Para uso amador, estão fora de cogitação para a maioria dos fotógrafos.

Você possui uma câmera sem espelho (mirrorless system)? Como tem sido fotografar com ela?
Por que então não compartilha alguma de suas fotos em nosso grupo do flickr?

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sábado, 11 de agosto de 2012

As câmeras do sonho de (quase) qualquer fotógrafo


Fotografar nunca foi tão popular quanto em nossos dias. E também nunca foi tão fácil comprar uma câmera fotográfica legal.
No entanto, mesmo com a popularização das câmeras compactas avançadas, mirrorless systems e das Reflex, com preços mais acessíveis e de fácil utilização, ainda existem algumas câmeras tão particulares (e caras!) que fazem muitos fotógrafos suspirarem pelo dia em que poderão ter uma.

A primeira desta listagem não poderia ser nada menos que...

Leica

A reputação das câmeras Leica (foto no topo) não vem de hoje.
Esta marca alemã foi a primeira a utilizar o formato 35mm de filme em suas câmeras e se estabeleceu na década de 1930 ao produzir algumas das melhores lentes jamais fabricadas pelo ser humano.


Mas foi na década de 50, com o lançamento da rangefinder Leica M3 que estas câmeras realmente entraram para a História.
Algumas das mais belas imagens já feitas foram tiradas com câmeras Leicas, que contavam com Henri Cartier-Bresson, Sebastião Salgado, Alexandr Rodchenko, Manuel Alvarez Bravo e vários outros entre seus adeptos.

O culto à Leica é quase uma religião, no entanto, os preços extraordinários das câmeras acabam afastando vários fotógrafos profissionais deste tipo de equipamento, já que não são todos que podem arcar com 7 mil dólares para o último modelo digital (só o corpo da câmera) e mais uns mil dólares para uma boa lente.

(Foto de Cartier-Bresson, tirada com uma Leica)

É um equipamento incrível para fotojornalismo e street photography, pois é uma câmera discreta, silenciosa e relativamente pequena em comparação à maioria das Reflex.

Se alguém um dia quiser me presentar com uma destas, já sabe onde me encontrar...

Hasselblad


Quando se trata de fotografia profissional de estúdio, seja para revistas ou anúncios publicitários, é difícil competir com as câmeras da Hasselblad, tanto em qualidade ótica e resolução quanto com o preço.

Uma câmera digital de último modelo da Hasselblad está custando em torno de 14 mil dólares, um produto tão caro que muitos fotógrafos são obrigados a fazer um leasing, ou simplesmente alugá-las por um dia ou dois, somente para fazer o ensaio fotográfico.


Outra alternativa são as antigas câmeras de filme que utilizam um fundo digital de altíssima resolução. A transição entre filme e digital também é cara, mesmo assim o fotógrafo pode continuar utilizando um equipamento confiável e de qualidade incomparável.


Só para você ter uma noção, desde 1969, a NASA utilizou câmeras Hasselblad adaptadas para fotografar as operações em solo lunar.

Se a NASA considera uma boa câmera, quem somos nós para duvidarmos?

Mamiya


Folheie qualquer revista famosa de moda e tenha a certeza que boa parte das fotos nelas foram tiradas com uma Hasselblad ou com uma Mamiya, duas marcas rivais quando se trata de imagens de alta resolução.



(foto tirada por Annie Leibovitz para a revista Vogue)


Assim como a rival, a Mamiya também se enveredou pelo mundo digital, produzindo grandes câmeras com preços salgadíssimos, mas também não deixou os antigos usuários de suas câmeras de filme na mão, lançando uma série de fundos digitais que podem ser utilizados em modelos antigos.

Inclusive, a tendência hoje em dia entre fotógrafos que desejam ingressar no mundo da fotografia de formato médio é comprar uma Mamiya usada (é possível encontrar ótimas câmeras de filme por volta de 300 dólares) e, quando for possível, comprar um fundo digital usado ou alugá-lo um por alguns dias.

Todavia, é preciso ser um bom fotógrafo para acertar nas fotos com uma câmera de filme como esta.

Rollei


Entre os fotógrafos de retratos, as queridinhas são as câmeras Rollei TLR (twins lens reflex, ou seja, reflex com duas lentes).

Elas se consagraram como lentes de filme, apesar de também ter disponíveis fundos digitais para quem puder pagar os 8 mil dólares ou mais para um equipamento destes.

(Retrato de Marylin Monroe, por Richard Avedon)

Um dos grandes fotógrafos que levam o nome da Rollei é Richard Avedon, um sujeito quase capaz de capturar a alma das pessoas em suas imagens e que se converteu num dos mais revolucionários retratistas das últimas décadas.

(James Dean com uma Rollei)

Assim como acontece com a Leica, há toda uma aura em torno das câmeras Rollei, quase uma idolatria.

Hubble


Desde 1990, o telescópio espacial Hubble, que custou 2,5 bilhões de dólares, tem revelado ao mundo as cenas mais belas e inacreditáveis do universo profundo.


Através de suas lentes superpotentes, pudemos ver galáxias, nebulosas, estrelas, planetas, sóis e tudo o mais que está a milhões de anos-luz do nosso planetinha Terra.


O consolo é que nenhum fotógrafo teria bala na agulha para comprar um Hubble, que é sem dúvida a câmera fotográfica mais poderosa e cara fabricada até o momento...

Por fim, não custa lembrar que o grande segredo por detrás de uma bela foto é um fotógrafo competente, mesmo assim, um equipamento de qualidade sempre ajuda.


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