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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Conseguindo um bom desfocado (bokeh) com sua câmera compacta


Se eu ganhasse um real para cada vez que ouvi a pergunta - como consigo aquele desfocado legal com a minha câmera? -, eu já estaria milionário.

Se esta for sua dúvida, recomendo antes de tudo a leitura dos seguintes artigos:

1 - Profundidade de Campo e Foco
2 - Composição: Profundidade de Campo
3 - O que é Bokeh e como faço isto?

Neles, você encontrará todos os princípios básicos e exercícios para obter um bom desfocado (bokeh) em suas fotos.
Se você tiver uma câmera Reflex, seus problemas estão resolvidos, basta ajustar corretamente as configurações de sua câmera e pronto.

Porém, se você tiver uma câmera compacta, aí as dificuldades começam a aparecer...

As limitações das câmeras compactas


As camerazinhas compactas podem ser muito úteis quando você precisa de um equipamento leve e prático. São fáceis de carregar e não chamam atenção. São ótimas para aquilo que chamamos de instantâneos, ou seja, fotos casuais de nosso dia a dia.

No entanto, quando se trata de fotografia profissional, elas possuem sérias limitações, ou você aprende a conviver com tais limitações, ou sentirá a necessidade de passar para outro nível de equipamentos.

O fato é que não se pode violar as leis da Física, ou seja, você jamais obterá com uma câmera compacta um desfocado (bokeh) como este aqui abaixo.


E muito menos como este outro abaixo, com um foco tão raso que apenas um parte da imagem está nítida.


Inclusive, mesmo com câmeras Reflex, para obter desfocados como os dos exemplos acima, você precisará de lentes específicas, senão, ainda assim, o desfocado não ficará tão legal.

Via de regra, as câmeras compactas possuem aberturas de diafragma pequenas, o que dificulta bastante a obtenção de um bom desfocado.

Além disto, a maioria das camerazinhas compactas não permitem ao fotógrafo nenhum controle manual de abertura de diafragma e velocidade do obturador (às vezes, é possível regular o ISO), ou seja, você tem de se virar com o seu conhecimento sobre fotografia para compensar estas faltas.

Os princípios do desfocado (bokeh)

Como já falamos por aqui algumas vezes e repetiremos agora, um bom desfocado depende de quatro fatores:

1 - abertura máxima de diafragma da lente;
2 - distância focal da lente;
3 - distância entre a câmera e o sujeito fotografado;
4 - distância entre o sujeito e o segundo-plano.

Portanto, as condições ideais para um bom desfocado são a maior abertura de diafragma possível, uma lente longa, fotógrafo próximo do sujeito fotografado e primeiro-plano distante do segundo-plano.
Se você conseguir reunir estes quatro elementos, aumentam muito as chances de um desfocado bonito.

Aplicando estes princípios a uma câmera compacta

Numa câmera compacta, não temos controle sobre a abertura de diafragma, aliás, só temos como saber qual foi a abertura utilizada posteriormente, ao conferirmos as propriedades da foto, ou seja, isto está além do nosso poder.

Geralmente, as câmeras compactas possuem lentes de zoom, começando em grande-angular até telefoto, e isto é uma vantagem.
Além disto, alguns modelos possuem a função macro, para fotografar pequenos objetos. Esta função é muito útil para um bom desfocado, pois nos permite aproximar bastante a câmera do primeiro-plano, como veremos nos exemplos abaixo.

Macro

Esta foto foi tirada a uns 4 centímetros do objeto, usando a função macro. Veja como os prédios ao fundo estão desfocados. Não é um bokeh extraordinário, mas já quebra um galho.

Macro Zoom

Nesta outra foto, utilizamos uma outra função, chamada macro zoom, que nos permite aproximarmos ainda mais do objeto.
Se você ampliar a foto, verá que inclusive a parte dianteira da foto ficou um pouco desfocada também, o que é um efeito muito difícil de se obter com uma câmera compacta.

Telefoto - zoom

Nesta outra sequência, nós nos afastamos do objeto um pouco e demos o zoom máximo na câmera.
Fotografar com lentes telefotos são boas maneiras para se obter bons desfocados, mesmo com câmeras compactas.
Veja como os prédios do fundo ficaram menos nítidos.

Macro zoom

Já nesta foto acima, ainda afastados, usamos a função macro zoom. Neste caso, não há diferenças perceptíveis, inclusive parece até que o desfocado da primeira foto havia ficado melhor.

Zoom + Macro

Por fim, ainda com o zoom no máximo, com a função macro habilitada e chegando o mais perto possível do objeto, fizemso esta última série de fotos, obtendo os melhores desfocados de todos.

Telefoto + Macro zoom

E, nesta última foto, com o zoom no máximo e com a função macro zoom habilitada, conseguimos desfocado no segundo-plano e até um pouco de desfocado em elementos do primeiro-plano.

Foi com esta mesma configuração que tiramos a primeira foto deste artigo, no topo, do inseto: zoom máximo, mais a função macro zoom, chegando bem perto do primeiro-plano.

Conclusão

Não é fácil para se obter um bom desfocado (bokeh) com sua câmera compacta. Você terá de testar muito as configurações possíveis, além de experimentar com o zoom e com as distâncias entre o primeiro e segundo-plano.

Às vezes, será possível obter alguns resultados satisfatórios, porém, se você deseja imagens com desfocados incríveis, talvez esteja na hora de considerar a possibilidade de fazer um upgrade em seu equipamento.

Exercícios práticos

1 - com sua câmera compacta, tire três fotos de um objeto com o segundo-plano distante:

a - bem próximo do objeto fotografado;
b - com o zoom máximo;
c - usando a função macro (se houver).

Conseguiu obter um bom desfocado?

Depois, compartilhe conosco o resultado de seus experimentos em nosso grupo do flickr
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domingo, 17 de junho de 2012

Dúvida do leitor - Essa paixão por Câmeras SLR e Fotografias é apenas Hobby ou é mesmo algo para me profissionalizar? Qual o conselho que você me daria?


Recentemente, o leitor Douglas Jefferson me enviou esta pergunta por e-mail, querendo saber se deveria encarar a Fotografia somente como hobby, ou se existe a possibilidade de profissionalizar-se.

Antes de tudo, isto é muito pessoal, depende do talento e do esforço individual, e também da garra para correr atrás das oportunidades.

Para entendermos se vale a pena tentar a carreira de fotógrafo, precisamos olhar um pouco para uma ou duas décadas atrás e vermos como o cenário da fotografia mudou bastante.

Como era a profissão do fotógrafo antes?


Na era do filme, a fotografia profissional era um ramo bastante especializado.

A maioria das pessoas normais, como eu e você, tinha câmeras automáticas, que faziam todos os ajustes sem intervenção do fotógrafo, assim como com as câmeras compactas digitais de hoje.
Eram raríssimos os amadores que possuíam câmeras profissionais, tanto por causa dos altos custos dos equipamentos, mas também para aquisição e revelação dos filmes.
Certa vez, durante um workshop com um fotógrafo americano de casamento, ele disse que somente com filme e revelação, ele gastava quase 2 mil dólares, ou seja, era um investimento altíssimo para inserir-se no ramo, e nem todos podiam arcar com ele.

Além disto, para se obter boas fotos com câmeras de filme, era necessário um profundo conhecimento técnico, pois não havia a facilidade de conferir na hora se a foto havia ficado boa ou não.
Imagine só você ser pago para cobrir um casamento e, na hora da revelação, descobrir que todas as fotos ficaram fora de foco, sobrexpostas ou queimadas?

Isto é, a profissão do fotógrafo era para quem entendia do assunto e, justamente por isto, era mais valorizada e pagava melhor.

Como é a profissão do fotógrafo hoje?


Estamos na era da popularização da informação, e isto inclui também a fotografia. Todos nós temos câmeras, sejam compactas ou Reflex. Todos os celulares veem com camerazinhas fotográficas e qualquer criança pode clicar e obter imagens razoáveis.

Boa parte do mistério e do fascínio da fotografia se perdeu. Hoje, qualquer um pode comprar uma câmera fotográfica profissional com quatrocentos dólares, sem custo algum com filmes ou revelação. Basta pegar uma câmera destas, sem qualquer conhecimento técnico de fotografia, cobrar 300 reais e cobrir casamentos, ou cobrar 30 reais e fazer um book de 15 anos.
Juro que já vi fotógrafos cobrando estes preços!

Estamos vendo a desintegração da profissão de fotógrafo diante da concorrência desleal, mas principalmente por causa da amadorização extrema da fotografia.

Isto é ruim?

Talvez sim, talvez não, dependendo de qual lado você estiver.

O fato é que os fotógrafos profissionais estão se descabelando e vendo o pão sendo tirado de suas bocas dia após dia. Mesmo grandes nomes, fotógrafos que trabalham para grandes revistas como a National Geographic ou Newsweek estão sendo afetados pelo trabalho de amadores que, às vezes, conseguem obter imagens tão extraordinárias quanto os profissionais, e que estão dispostos a distribuir gratuitamente suas fotos na internet.

Devo me tornar um fotógrafo profissional?


Após entendermos qual é o cenário atual, resta-nos responder à questão crucial: é possível profissionalizar-se em fotografia hoje em dia?

É claro que sim! As pessoas ainda continuam se casando, comemorando aniversários, bodas ou festas de 15 anos. Crianças ainda são batizadas. Ainda ocorrem incêndios e catástrofes. Ainda existe espaço para Arte.

A fotografia não está morrendo, pelo contrário, está mais presente em nossas vidas do que jamais foi. Todos estão deslumbrados com a fotografia, mas nem todos são capazes de criar imagens extraordinárias.
Isto ainda depende principalmente dos fotógrafos profissionais, que estudaram e praticaram muito antes de saírem com sua câmera na mão cobrando uma exorbitância por um trabalho.

Quando você for se casar, você prefere um profissional que cobre alguns milhares de reais e será a garantia de um trabalho excelente, ou prefere pagar uns tostões para um amador que mal sabe como usar o equipamento?

Aposto que, nesta situação, você preferirá o profissional.

Ainda não sabemos como será o futuro da fotografia, nem qual será o destino dos poucos grandes profissionais que restam deste ramo, mas, se você deseja se tornar um fotógrafo profissional, não existem atalhos.
É preciso estudar muito, praticar muito, conhecer bem seu equipamento e destacar-se dos demais, criando uma linguagem própria. Estes serão seus diferenciais, e é por isto que alguém o contratará e confiará em você.


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segunda-feira, 4 de junho de 2012

O que é brilho, contraste e saturação?

(1/250 f/8 ISO 100, foto saindo diretamente da câmera: http://www.flickr.com/photos/henrybugalho/7336143238/)

A foto que você obtém com sua câmera digital, seja com uma Reflex, seja com uma compacta, geralmente necessitará de um pouco de pós-edição.

Talvez muitas pessoas publiquem suas fotos na internet sem nenhum tipo de tratamento digital, mas como você está interessado em melhorar suas imagens e deixá-las mais bonitas, cedo ou tarde você acabará recorrendo ao Photoshop ou ao Lightroom para dar aquele toque à mais nelas.

Então, assim que você começar a explorar o editor de imagens, você se deparará com três termos cruciais: brilho, contraste e saturação.

Na foto do topo, temos a imagem saída diretamente da câmera, em formato .RAW, sem nenhum tipo de ajustes de brilho, contraste ou saturação. Em seguida, vamos lhe mostrar como cada um destes ajustes afetará a foto.

Brilho (Brightness)

Brilho refere-se à claridade de uma imagem, tanto das partes iluminadas quanto dos contornos.


Neste primeiro exemplo acima, movemos a barra de brilho (brightness) do Adobe Lightroom para o máximo de claridade, e obtivemos esta imagem bastante sobrexposta nas áreas claras, apesar de os contornos ainda serem bastante nítidos.


Já neste segundo exemplo, movemos a barra do brilho para o mínimo de claridade. Obtivemos uma imagem bastante subexposta, mas você poderá perceber que os contornos continuam nítidos.

Você ajustará a função brilho toda vez que quiser deixar a área iluminada mais clara ou mais escura, de acordo com o efeito desejado.

Contraste (Contrast)

Já falamos sobre contraste por aqui. Contraste refere-se à diferença entre a região clara e escura de imagem.


No caso, acima, ajustamos o contraste (contrast) para o máximo, então os contornos e as áreas mais escuras ficaram extremamente demarcadas.


Já neste outro exemplo, a barra de contraste foi ajustada para o mínimo, ou seja, os contornos ficaram bastante suaves, até um pouco cinzentos e desinteressantes.

Saturação (Saturation)

Saturação refere-se à percepção que temos da cor numa imagem.
Geralmente é o segredinho não tão secreto de muitos fotógrafos para deixarem as cores mais intensas, como o vermelho mais vermelho, o verde mais verde, ou o amarelo mais amarelo.

Esta é uma ferramenta poderosa, portanto, não dá para abusar demais dela.


Na foto acima, ajustamos a função saturação (saturation) ao máximo, ou seja, todas as cores foram realçadas, ao ponto de ficar totalmente artificial.
Este é o tipo de efeito que você não vai querer...


Já no ajuste mínimo de saturação, temos a perda total das cores. Esta é uma das maneiras para se criar fotos em preto e branco a partir de uma foto colorida. É a mais simples, mas nem sempre a mais recomendada.

E, por fim, a foto com os ajustes


O ajuste correto de uma foto é muito particular.
Cada fotógrafo tem um gosto particular e um estilo que deseja reproduzir em suas imagens. Alguns curtem fotos com alto contraste, ou com baixo contraste, outros preferem imagens mais claras e outros mais escuras, e outros adoram fotos cheias de cores, enquanto outros se realizam com imagens monocromáticas.



Acima estão as informações da configuração utilizada para ajustar a foto. Aumentamos o brilho (brightness) e o contraste (contrast), e um pouquinho a saturação (saturation) para realçar as cores.

Para o meu gosto, a foto ficou satisfatória, na medida certa, sem ficar muito artificial e com os detalhes bastante perceptíveis.

Só lembrando que cada foto necessitará de ajustes diferentes, pois foram tiradas em condições de iluminação que exigirão cuidados particulares.

Exercício prático

1 - escolha uma foto, preferencialmente colorida, e, no Photoshop ou no Adobe Lightroom, brinque com as funções mencionadas acima:

a - aumente e reduza a barra de brilho;
b - aumente e reduza a barra de contraste;
c - aumente e reduza a barra de saturação.

2 - depois tente encontrar o melhor ajuste para esta foto específica e compartilhe conosco em nosso grupo do Flickr.

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terça-feira, 8 de maio de 2012

Fotos panorâmicas com sua câmera Reflex, saiba como fazer

(Foto panorâmica com 4 fotos, clique nela para ampliá-la: http://www.flickr.com/photos/henrybugalho/7158509596/)

Você chega diante de uma paisagem belíssima, daquelas de cair o queixo, mas parece que todo aquele cenário não cabe na sua câmera.

Qual é a solução?

Uma foto panorâmica!

E o que é uma foto panorâmica?

Esta é a combinação de duas ou mais fotos que, ao juntá-las, formam um panorama maior do que o nosso campo de visão habitual, e também maior do que o da própria lente da sua câmera.

Em algumas câmeras compactas, há um assistente para este tipo de fotos e depois é só uní-las em algum programa de edição de imagens, como o Photoshop.

A foto pseudopanorâmica

(um exemplo de foto pseudopanorâmica: http://www.flickr.com/photos/henrybugalho/7158493022/)

Um truquezinho barato e fácil para criar uma foto (pseudo) panorâmica é pegar uma foto tirada com uma lente grande-angular e recortá-la num formato que lembre as fotos panorâmicas.


Neste caso, pegamos a foto acima e recortamos no Photoshop um retângulo somente na região do horizonte.

O problema deste tipo de recorte é que haverá uma perda de resolução na imagem, o que não ocorre nas fotos panorâmicas de fato.

Como tirar fotos panorâmicas?


(fotos tiradas com uma lente 50mm)

Antes de tudo, o ideal é ter um tripé, ou uma superfície plana onde você possa apoiar sua câmera.

A distância focal de sua lente, ou o zoom, determinará o número de fotos que você precisará tirar da paisagem para cobrir toda a região desejada. Na foto acima, foram necessárias 4 fotos com uma lente de 50mm.

(as 4 fotos originais, antes do pós-processamento: http://www.flickr.com/photos/henrybugalho/7158497236/)

Se você reparar bem, eu deixei uma região a mais nas fotos para a superposição, ou seja, quando eu for montá-las no Photoshop, haverá uma margem comum entre as duas fotos adjacentes para que possamos ajustá-las bem e, depois, será nesta região que faremos a "costura" das imagens.

(foto panorâmica com 9 fotos, clique nela para ampliá-la: http://www.flickr.com/photos/henrybugalho/7158507128/)

Já nesta outra foto panorâmica, eu exagerei um pouco e fiz uma montagem com 9 fotos, com uma lente em 104mm. Somente ampliando para se ter uma noção de quão grande ela ficou.


O melhor é ajustar a câmera em Modo Manual, focar em algum ponto interessante do cenário e travar o foco mudando de Automático para Manual, depois não mexer mais nas configurações da câmera.

Através do visor ótico ou do digital, você deve observar algum ponto de referência no cenário, uma construção, nuvem, rocha ou árvore, para lhe servir de orientação na hora de mover a câmera para a segunda foto, e fazer isto para cada um dos quadros. Eu recomendo fotos panorâmicas variando de 3 a 5 fotos.

Depois de tiradas as fotos, é hora de passar para a edição das imagens.

Ajustando e costurando a foto panorâmica

Ajustes
Todas estas fotos foram tiradas em .RAW e trabalhadas inicialmente no Adobe Lightroom, onde eu fiz as correções de brilho (brightness), contraste (contrast) e saturação (saturation) na primeira foto. Depois,  clicando com o botão esquerdo do mouse, eu copiei as configurações em Settings/Copy Settings.
E marcando todas as demais fotos que comporão sua foto panorâmica, basta clicar com o botão esquerdo do mouse sobre elas e em Settings/Paste Settings, você colará os mesmos ajutes em todas elas, deixando-as com as correções iguais.

Outra opção é deixar para ajustar a foto quando ela já houver sido costurada no Photoshop.

Costura
Abra o Photoshop e crie um novo arquivo em File/New, quando aparecerá uma janela com as especificações desejadas de sua nova imagem. Eu prefiro trabalhar com formatos conhecidos de fotos, por isto, na aba Preset, eu escolho Photo e, mais para baixo, na aba Size, seleciono Landscape 4 x 6, que é o formato de impressão convencional.
Então é só multiplicar o número de fotos que tiramos por 6, que é a largura, para termos uma noção aproximada de qual será a largura da foto panorâmica, por exemplo, se forem 4 fotos, no campo Width incluiremos o valor 24 (6 multiplicado por 4 fotos).


Você terá uma área de trabalho como esta acima, com um espaço branco comprido, onde você importará todas as fotos tiradas do panorama.
Para fazer isto, clique em Place, selecione a primeira imagem da esquerda e importe-a, ajustando-a no canto esquerdo da área branca.
Repita o procedimento para as demais fotos, já tentando encaixá-las na posição exata, utilizando aquele seu ponto de referência na hora de tirar a foto também para auxiliá-lo nesta montagem.

Mesmo se você fotografou usando um tripé, você notará que algumas imagens ficarão mais para baixo, enquanto outras para cima, não dê muita atenção a isto neste momento.

A princípio, você poderá perceber que, onde estão as junções da foto, ficará uma linha mais escura, indicando onde acaba uma foto e começa outra, mas não se preocupe com isto, por enquanto.

Quando todas as fotos já houverem sido importadas, vá na aba Layers, selecione todas as camadas da foto e rasterize-as (para isto, clique com o botão esquerdo do mouse sobre as camadas e selecione a opção Rasterize). Agora você poderá trabalhar com as imagens.

Para realizar a costura, eu utilizei a ferramenta borracha (Eraser Tool), escolhendo inicialmente a opacidade de 50% e passando-a sobre a área de junção da imagem sobreposta, isto é, sobre aquela que está uma camada (layer) acima da outra. Em seguida, você reduzir um pouco a opacidade da borracha, até uns 20%, para deixar esta junção mais natural.
Mas também não precisa ser muito paranóico e tentar eliminar totalmente qualquer sinal da união, pois geralmente a foto será vista em tamanhos menores.

Por fim, clique em todas as camadas e, clicando com o botão esquerdo sobre elas, selecione Merge Layers, assim todas as camadas serão mescladas e você terá uma imagem única. Se você não havia feito os ajustes antes, agora é hora de corrigir contraste, brilho, exposição, níveis, ou o que for.

Depois, com a ferramenta de recorte (Crop Tool), marque toda a região com a imagem, deixando para fora qualquer excesso das fotos (aquelas partes que ficaram para baixo ou para cima), e recorte-a.

Agora você já tem uma foto panorâmica, salve o arquivo e pronto!

Depois que você fizer uma vez, parecerá mais simples do que você imaginava.

É mais complicado do que a foto pseudopanorâmica, mas o resultado é muito melhor, com uma resolução incrível, afinal de contas são várias fotos unidas.

Só lembrando que, como quase tudo no Photoshop, existem várias técnicas para obter o mesmo efeito.

Exercício prático

1 - tire entre 3 e 5 fotos de um mesmo cenário e tente compor uma foto panorâmica, usando as instruções acima.

2 - compartilhe conosco o resultado através do nosso grupo no Flickr
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O que é ruído digital e como ele pode afetar minhas fotos?

(Foto por: Denise Nappi)

Ruído digital (digital noise) é como se chama os pontinhos que aparecem nas fotos quando se fotografa com ISO alto, e é particularmente perceptível em regiões escuras das imagens.

Este é um efeito indesejável e desagradável, principalmente quando é muito perceptível, como na foto acima, tirada com a primeira câmera fotográfica digital que minha esposa comprou em 2001.

Recorte em 100%

A foto foi tirada em ISO 100 e, naquela época, mesmo com um ISO tão baixo, o ruído digital era evidente. Repare no tamanho dos pontos vermelhos na foto e como os contornos são bem pouco nítidos.

Hoje, as câmeras possuem controle de ruído muito melhores, inclusive, em câmeras profissionais, com resultados excelentes mesmo acima de ISO 3200 ou mais.

No entando, ainda em nossos dias, você pode esperar um desempenho inferior em controle de ruído em câmeras compactas em comparação a câmeras profissionais, como veremos a seguir.

Câmera compacta em ISO 1600

A foto acima foi tirada com uma câmera compacta da Panasonic em ISO 1600. Se você observar o céu e as nuvens, poderá perceber melhor o ruído digital e o pontinhos vermelhos.

Câmera compacta em ISO 1600 - recorte em 100%

Contudo, somente quando aproximamos a imagem que podemos notar o estrago do ruído digital na qualidade da foto. Os pontos são tão grandes e difusos que parece até uma pintura impressionista.

Comparemos agora o mesmo ISO em uma Reflex da Canon.

Câmera profissional em ISO 1600

Apesar de estar com um ISO bastante alto, mal dá para perceber os pontinhos num imagem deste tamanho. Há um bom controle do ruído digital, que só poderá ser percebido ao ampliarmos a foto.

Câmera profissional em ISO 1600 - recorte em 100%

Neste caso, ao invés dos pontinhos coloridos, temos uma granulação, uma espécie de textura, perpassando toda a foto.
Você poderá notar claramente a diferença entre ISO 1600 e ISO 100, uma sensibilidade muito mais baixa, no recorte abaixo.

Câmera profissional em ISO 100 - recorte em 100%

Você pode reparar que a imagem é muito mais limpa e nítida, sem granulação ou textura aparente.

Pós-processamento e redução do ruído digital (noise reduction)

(foto após redução de ruído digital)

Eu sou da seguinte opinião: foto com muito ruído digital é uma porcaria, mas é melhor uma foto com ruído do que foto nenhuma.
Mesmo assim, com os programas de edição de imagem, é possível melhorar bastante a qualidade final da foto, reduzindo o ruído digital durante o pós-processamento.
Inclusive, existem alguns programas específicos dedicados apenas para redução de ruído.

Para isto, eu uso o Adobe Lightroom, que é o programa que utilizo para o maioria dos pequenos ajustes que faço nas fotos. O controle de redução de ruído pode ser encontrado na aba "detail", "noise reduction", e você controla a quantidade de ruído através dos medidores de "luminance", "detail" e "contrast".
Geralmente, só sinto a necessidade de controlar "luminance", observando na janela acima como afeta a imagem.
Mas não exagere, pois quanto maior for a redução, mais detalhes e nitidez você perderá.

Fiz a redução de ruído nas duas fotos tiradas tanto com a câmera compacta quanto com a Reflex, para que você possa perceber a diferença.

Câmera compacta em ISO 1600, com redução de ruído

Numa imagem deste tamanho, a redução de ruído é bastante aparente. Já não dá para perceber tanto os pontinhos quanto antes.

Câmera compacta em ISO 1600, com redução de ruído - recorte em 100%

Todavia, ao ampliarmos a imagem, ainda temos a sensação de ser quase como uma pintura, com uma textura estranha, mas ainda melhor do que a imagem original.

Câmera profissional em ISO 1600, com redução de ruído

Nesta, nem podemos percebre grandes modificações, pois a qualidade da imagem original já era razoável o bastante.

Câmera profissional em ISO 1600, com redução de ruído - recorte em 100%

Mas ao vermos a ampliação, a diferença é perceptível. Já não vemos tanto os pontinhos ou a textura, que acabou se mesclando com a imagem.
Por o ruído nesta câmera não ser tão evidente, a correção foi muito mais natural.

Ruído digital ou grânulos?


Mas não pense que estes pontinhos nas fotos com ISO alto é uma exclusividade das câmeras digitais. Na era do filme, as fotos também tinham granulações perceptíveis em ISO mais altos.
Por exemplo, se você ampliar a imagem acima, tirada com um filme Ilford Delta de ISO 400, poderá ver a granulação.


E este é o mesmo caso desta outra foto, tirada com um filme Fujicolor Superia de ISO 400.

No entanto, ao contrário do ruído digital, considerado indesejável, os grânulos do filme são mais agradáveis e concedem um charme à foto. Inclusive, muita gente inclui, no pós-processamento, grânulos (film grain) para que a foto pareça que foi tirada com filme fotográfico.


Esta foto acima é um exemplo disto. Foi tirada com uma câmera digital e os grânulos (film grain) foram incluídos no Photoshop durante o pós-processamento para dar este ar de foto antiga e clássica. Realmente, é um outro clima.

Conclusão

Adquirir uma câmera Reflex é geralmente um argumento para quem necessita ou gosta de fotografar com pouca luminosidade, pois há a necessidade de ISO mais alto e, consequentemente, a foto será afetada menos pelo ruído digital.
Câmeras compactas comumente tem um desempenho péssimo neste quesito e, assim que você faz a comparação, uma câmera profissional dá um baile.

No entanto, se não houver alternativa, tire a foto mesmo com ISO alto e com ruído digital, e depois faça a redução de ruído no pós-processamento, pois os resultados podem não ser perfeitos, mas são bastante satisfatórios.

Exercícios práticos

1 - com sua câmera (compacta ou Reflex) tire quatro fotos:
a - em ISO 100;
b - em ISO 400;
c - em ISO 800;
d - no ISO mais alto que houver em sua câmera.

Por fim, compare os resultados e amplie as fotos, tentando identificar o ruído digital. Os pontinhos são muito evidentes a partir de qual ISO?


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